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sábado, 8 de junho de 2013

Parte I - Rock Progressivo ainda Vivo e Respirando! ( Por Paulo Trindade)

COLUNA  PROGROCK
por Paulo Trindade
frequência de publicação: quinzenal





ROCK PROGRESSIVO AINDA VIVO E RESPIRANDO! PARTE 1







    Falar de Rock Progressivo nos dias atuais é como escavar as mais profundas minas em busca de fósseis perdidos. É procurar por lendas e histórias antigas de duendes, gnomos, elfos, bruxas, magos, cavaleiros andantes, princesas, rainhas e reis, e todo um imaginário que permeou os séculos XVII e XVIII, porém sem a pujança hollywoodiana dum Harry Potter, dum Senhor dos Anéis, de Peter Jackson, focado apenas nas lendas antigas. É também, para os mais velhos, contar histórias muito loucas sobre o estilo para os jovens, que, sedentos, se embebedaram com elas. Ora, quem diria que, durante a década de 60, jovens em busca de novos experimentos musicais, embalados de muito ácido numa longínqua Swinging London, lançariam uma moda que avançaria no tempo e elevaria a música dançante aos patamares da sublimação espiritual? 

    Aqueles jovens queriam apenas tirar mais um sarro da caretice vigente, mas estavam embalados pelo jazz e blues — coisa séria ! Daí, uns garotos de Liverpool resolveram acabar com seus shows, pois o mundo queria vê-los, mas não ouvi-los, só que, nesta reclusão e dieta de shows, eles devolveriam ao mundo o melhor que eles podiam produzir em termos musicais e, a partir daí, seus discos seriam consagrados como obras-primas para o estilo. Há tempos, os quatro cavaleiros da Rainha pensavam em diferenciar seu som, através duma busca incessante de novidades e estilos que o tornassem mais ousado. Gravações ao contrário, instrumentos indianos misturado às guitarras, violões de seis, doze cordas, órgãos Hammond e afins, tudo valia para traduzir a loucura que passava por suas cabeças. Então, em 1967, nascia o rebento que abalaria as estruturas musicais que, antes dele, navegavam em mares tranquilos. 
    Nascia, para uma longa vida, o “Sergent Peppers and the Lonely Hearts Club Band”, marco da revolução musical que viria a seguir. O mundo nunca mais seria o mesmo depois disto. No estúdio ao lado daquele mesmo estúdio onde esse escândalo musical foi gerado, outros quatro cabeludos fãs de blues e arte impressionista gravavam seu primeiro disco e — dizem as lendas — que, num intervalo e outro, seus membros trocaram baforadas de cânhamo e ácido lisérgico e figurinhas musicais. Eram os donos do Floyd Rosa que gravavam seu primeiro disco, regido pelo maestro guru Syd Barret, “The Piper at the Gates of Dawn”! A criatura influenciando o criador, pelo que se conta, pois, como todos os jovens daquela época, todo mundo queria ser um Beatle! Daí nasceu o primeiro marco dessa nossa história, já com dois discos registrando a loucura que viria a seguir, um dos Beatles e outro do Pink Floyd. Outros resolveram meter as caras e o pé na jaca desta nova tendência psicodélica que inaugurava o estilo, verdadeiro abre-alas para a ousadia permissiva que viria em seguida. Teclados mirabolantes, exercícios de virtuosidade, rock com orquestra, uso e abuso de instrumentos não convencionais, slides nos shows, arte nas capas dos discos, tudo valia para incrementar cada vez mais o som e o visual do estilo. Este foi apenas o início, imagine o que vem a seguir! Siga-nos em novas histórias então!
(R)



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