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terça-feira, 22 de julho de 2014

Entrevista Scarpast

Area Johny Cake apresenta:
A Scarpast é uma banda de Death/Doom Metal de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Em 2007 a banda lançou seu primeiro e único registro até o momento, o EP “Scars of Desolation”. No inicio do ano de 2014 a banda começou a trabalhar em um novo material, que ainda segue sem data definida para lançamento.

Scarpast conta com os seguintes membros: Patrick Gomes (Vocals), Rafael Léguas (Guitars), Cibelle Hollerbach (Keyboards), Daniel Lopes (Drums) e Gregory Ferreira (Bass).

Sobre a estrada da banda e o novo trabalho conversamos com o Léguas e a Cibelle!



Conte-nos um pouco como surgiu a Scarpast?

Banda: Depois do fim da antiga banda Morgana Mortis, renasce o mais puro e decadente Death/Doom, a banda Scarpast. Por um bom tempo a banda era formada por um trio, após sobreviver às diversas mudanças de formação a banda encontrou tudo o que queria em seu Line-up atual.

Como se formou a sonoridade da banda, que é cheia de influencias, mescla muitos elementos do Death, Doom e Symphonic Metal.

Léguas: Creio que isto sempre foi algo natural dentro da Scarpast. Cada um tem gostos musicais e histórias diferentes dentro da música, e isso está longe de atrapalhar na hora de compor. Isto ajuda no sentido de que, devido a estas inúmeras influencias, nosso som fique cada vez original, mórbido e agressivo.

O EP “Scars of Desolation” foi lançado em 2007, por que a demora em lançar outro material?

Léguas: De 2007 pra cá muita coisa mudou, desde a formação da banda (éramos um trio antigamente) até o custo de gravação de um CD. Tivemos muita instabilidade na formação, durante algum tempo, mas mesmo com isso, sempre seguimos compondo musicas novas, e muito desse material  estará no nosso novo álbum.

No inicio do ano a banda começou a preparar um novo material, a quantas anda esse processo? Já tem data de lançamento?

Léguas: Na verdade, estamos trabalhando neste material desde Setembro do ano passado, que foi quando começaram as gravações das guias sujas de guitarra. Neste álbum, decidimos trabalhar diferente com relação ao “Scars of Desolation”, que foi gravado e produzido em um curto espaço de tempo, devido à banda estar em outro momento e também para não repetir alguns erros durante este processo. E agora, temos mais elementos para trabalhar, temos mais teclados e mais guitarras, sendo que no anterior gravamos as músicas quase como tocávamos ao vivo.

Falando em produção, como ocorre esse processo dentro da banda?

Léguas: Podemos dizer que nosso processo de composição é bastante democrático. Não temos um “compositor oficial” na banda, portanto, todos colaboram com alguma coisa ou outra. Lógico que alguém tem que vir com uma ideia, um riff, ou até mesmo uma “música meio pronta” que foi gravada em casa. Porém, mesmo no caso das músicas gravadas em casa, todos acabam dando sua contribuição, tanto que se tu escutar alguma destas gravações iniciais e escutar as versões finais das mesmas músicas notará a diferença e a evolução. E esta evolução vem, justamente, da contribuição da banda como um todo no processo de composição.

Nesses anos na ativa, como vocês veem o atual momento do underground gaúcho? E qual o papel da internet nesse meio?

Léguas: Bem, o público gaúcho nunca pode reclamar da falta de qualidade das bandas do underground gaúcho. Não só na nossa cidade, como em todo estado, temos inúmeras bandas realmente do caralho, as quais nem vou citar para não cometer injustiças e esquecer outras (hahaha). Com relação ao papel da internet, temos um lado bom e um lado ruim. O lado bom é que, para bandas underground como nós ficou mais fácil uma divulgação com um alcance global. Afinal, o que tu colocas na internet pode ser visualizado e ouvido por pessoas em qualquer lugar do planeta. Sem falar na diminuição do monopólio das gravadoras e da mídia em geral, o que ajudou também no surgimento de várias mídias alternativas, como por exemplo blogs e sites, que agilizam a comunicação como um todo. Hoje em dia qualquer um com internet pode buscar novas bandas por si próprio. O lado ruim é que, houve uma certa acomodação por parte do público em geral. Hoje em dia o pessoal tem a falsa ideia de que dando somente um “like” está fazendo muito por uma banda. Um sintoma disso é que já existem festivais no qual “a banda vencedora é a que tem mais likes no face”. Estes likes são importantes? São, e muito, porém ir à shows, comprar material das bandas ainda é imprescindível, e assim sempre será. Porém, as bandas tem que se adaptar aos novos tempos.

Pra vocês quais as maiores dificuldades que a banda enfrentou? Chegaram a pensar em desistir?

Léguas: Uma das maiores dificuldades para a Scarpast foi a instabilidade na formação da banda. É natural que isto acabe fazendo com que uma banda ande a passos mais lentos. Outra dificuldade, não só da Scarpast, como também de todas as bandas, é no sentido de conciliar a vida pessoal e a banda. Infelizmente, é difícil viver de música no Brasil, e a coisa piora muito em relação aos estilos musicais mais extremos, então, todos na banda trabalham, estudam, tem família, e às vezes fica difícil conciliar tudo.

O que ainda podemos esperar da Scarpast para 2014?

Léguas: Esperamos lançar o novo CD o mais rápido possível. Porém, ainda irá demorar um pouco, pois estamos decidindo a arte do CD, que se chamará “… in memoriam …”, acertando os detalhes finais da gravação e decidindo outras coisas com relação ao álbum.

Deixo aqui um espaço para as declarações finais da banda!


Cibelle: Agradeço a todos que acompanham a banda e posso adiantar que o álbum será de alta qualidade tanto na parte técnica como na artística, o público pode aguardar um som autêntico e original não ouvido até então no Brasil.

Matéria feita por Artur Azeredo






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