Área Johny Cake apresenta...
Nascida em 1996 a Atropina sempre se destacou pelas
composições próprias cantadas em português, tanto no inicio da carreira, na
fase mais Thrash Metal da demo “Louvar a tudo por nada”, lançada em 1998.
Até atingir o Death Metal com “Santos de Porcelana” lançado em 2001. Em 2004 a
banda entra em hiato, retornando em 2012, dois anos depois, mais precisamente
em Março de 2014 os caras entram em estúdio para gravar “Mallevs Maleficarvm”,
lançado em junho do mesmo ano.
Conversamos com Alex Alves guitarrista da banda, que
falou um pouco do atual momento da banda e do mais recente lançamento!
Artur - Primeiramente Alex nos conte como surgiu a
Atropina? E por que a escolha das letras em português, já que a maioria das
bandas opta pelo inglês.
Alex - Antes de qualquer coisa, obrigado pelo espaço
que você está nos dando.
Atropina surgiu em meados dos anos 90 quando eu
juntamente com o Leônidas (guitarra e vocal) e o Fábio (baterista) decidimos
montar uma banda diferente das outras bandas que existiam na região de
Teutônia. Ao invés de montar uma banda cover, decidimos desde o início criar
sons próprios com letras em português. Achávamos e continuamos achando
interessante as letras em português porque, apesar da complexidade em fazer
letras que soam bem, podemos transmitir o que pensamos e valorizar a nossa
língua, mesmo que isso possa nos restringir.
O início foi bastante complicado. Começamos com uma
bateria usada, uma guitarra barata e outra caseira. Ligávamos as guitarras em
aparelhos de som antigos no volume mais alto que era pra dar distorção.
Geralmente arrumávamos brigas com vizinhos e polícia nos ensaios, porque a
garagem que utilizávamos pra ensaiar não tinha acústica nenhuma e o nosso
baterista batia com muita força.
A banda surgiu em 96, lançaram uma demo e um disco e
entraram em hiato, a que se deve essa parada? O que os fez dar um tempo?
Em 2004 decidimos começar outro projeto (Legis Edax)
que fazia um death metal mais técnico, diferente das características da
Atropina. Esse projeto durou cerca de 4 anos. Como todos estavam muito ocupados
com estudos e trabalhos, decidimos parar. Em 2012, eu e o Murillo (baixista)
estávamos com muita vontade de voltar a tocar. Conversamos e decidimos voltar
com a Atropina. Convidamos o Mateus que foi baterista na época da Legis
Edax e completamos o time com dois integrantes novos (Fernando e Cleomar), pois
os outros integrantes (Samuel e Leônidas) não tinham como conciliar o trabalho
com a banda.
O Death Metal executado pela banda remete muito as
bandas do final dos anos oitenta e inicio dos anos noventa, quais as influencias
da banda? A que se deve essa sonoridade?
A sonoridade saiu de forma natural e quando voltamos
com a Atropina uma das premissas era criar sons na mesma linha, sem nos
preocupar com um rótulo. Nossos sons se encaixam no death metal, mas com
bastante influência black metal no instrumental.
Nossas principais influencias são Hypocrisy, Morbid
Angel, Belphegor, Marduk, Obituary, Deicide, Dark Funeral, Nile, Slayer, Septic
Flesh, Zoltar, Sarcastic, Embalmed, Rebaelliun, etc...
“Santos de Porcelana” disco lançado em 2001, 13 anos
depois como você vê esse trabalho?
Santos de Porcelana é um álbum muito brutal e direto.
As letras foram muito bem elaboradas pelo Leônidas, o instrumental bastante
criativo e a sensacional. Acredito que Santos de Porcelana sempre será uma
influência para nossos próximos trabalhos. Tocamos dois sons dele nos nossos
shows. Diferente do Mallevs, ele é um trabalho que não ficou tão bem mixado,
mas foi o suficiente em uma época em que os recursos eram escassos para nós.
O mais recente lançamento “Mallevs Maleficarvm” saiu
em junho, como tem sido o retorno do publico em relação ao novo disco?
Excelente. Diria até que está acima da expectativa.
Estamos recebendo muitos elogios, tanto pelas músicas, letras quanto pela
qualidade da gravação. Todos comentam que dá pra escutar muito bem todos os
instrumentos e vocal. Realmente ficamos muito satisfeitos e ansiosos pra gravar
um novo material.
Por que “Mallevs Maleficarvm” no explique a temática
por trás do disco? Como funcionou o processo de produção do disco?
Queríamos um tema que causasse o mesmo impacto que
Santos de Porcelana. Então encontramos no Mallevs Maleficarvm um livro recheado
de idéias para tal. Nosso principal objetivo nas letras é mostrar o atraso e
estrago que o cristianismo causou e continua causando à humanidade, e o Mallevs
Maleficarvm faz parte disso.
Com relação ao processo de produção, foi tudo muito
rápido. Aproveitamos o feriado de carnaval e passamos 3 dias trancados no
Soundstorm Studio em Bento Gonçalves. As mixagens e masterizações foram feitas
pelo Ernani Savaris, cara com quem tivemos muita facilidade de trabalhar e que
entende muito. Com o material em mãos fomos à luta e conseguimos arrumar 8
parceiros que nos ajudaram no lançamento. Mandamos prensar na Kyrios CD Solution
(empresa muito profissional) e em junho nossos CDs já estavam em mãos.
A internet sem duvidas nenhuma é um facilitador na
hora de divulgar, um evento ou um lançamento. Você acha que mesmo sendo esse
facilitador ela acaba atrapalhando? Deixando o publico acomodado?
Não adianta querer resistir à internet. Precisamos nos
adaptar e tirar proveito do que ela tem de bom. Ela ajuda muito na divulgação,
pela rapidez e alcance que antes dificilmente conseguiríamos. De certa forma,
pela facilidade e grande quantidade de informações as pessoas acabam ficando
acomodadas. Devido à comodidade que as pessoas têm para baixar mp3 é necessário
que os CDs tenham preços mais baixos e se explore outras formas de
merchandising como, por exemplo, venda de camisetas.
Se comparar com a cena de 1996, como você vê o atual
momento do underground gaúcho?
Nos anos 90 rolava no máximo um festival por mês que
dava entre 400 e 600 pessoas por festival. Atualmente rola em média 2 ou 3
festivais por final de semana no RS, o que faz com que o público se divide
causando a falsa impressão de que o movimento está enfraquecendo. Mas diferente
disso, vejo que o público está aumentando, os festivais estão com estruturas
mais profissionais e as bandas estão podendo lançar materiais com produções de
altíssimo nível.
Quais os planos da banda para o resto do ano? Quais os
compromissos da banda?
Esse ano nós já participamos de diversos festivais e
até o final do ano participaremos de mais alguns. Também gravaremos um vídeo
clipe e em paralelo a isso já estamos com sete novas letras e alguns riffs
prontos pra em 2015 lançarmos o 4º trabalho.
Matéria feita por Artur Azeredo.
Johny Cake vai ao ar nas segundas e sextas-feiras à partir
das 16 horas pela 104.9 FM Raul Bopp, terças-feiras e quintas-feiras às 22
horas pela Rivendell Rádio press e sexta às 23 horas pela Necropsya web rádio.
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