Área Johny Cake apresenta...
Apophizys "não falta espaço para as bandas se
divulgarem"
Oriunda
de Passo Fundo-RS, surgindo em 2005 sob o nome
de Slaughter Flesh Cult e com uma proposta voltada ao Death/Thrash
Metal, a Apophizys, passou por uma reformulação no line-up e voltou aos
palcos em 2012 trazendo uma
linha que varia entre o Black e o Death Metal.
A
formação atual conta com: Eder Aguirre (Vocal), Juliano dos Santos
(Guitarra), Arthur Navarini (Guitarra), Daigo Darrell (Baixo) e Luana
Dametto (Bateria).
Sobre o atual momento, processo
de criação, e o futuro lançamento, conversamos com a banda.
Começamos em um grupo de amigos com interesses em comum, ou
seja, tocar Metal Extremo/ Death Metal. Na época a banda era algo mais
Death/Thrash, e não tínhamos muita experiência também. Depois de um certo
tempo, com o consentimento de todos, inclusive dele, um dos guitarristas
resolveu sair, aí acabamos permanecendo como um quarteto. Para nós esse lance de
tocar nunca foi um hobby, então achar outro guitarrista não seria uma tarefa
muito fácil. O baterista acabou mais tarde saindo e voltando para a banda, isso
tudo acabou fazendo com que a frequência de ensaios e shows diminuíssem, até
mesmo porque na época não se tinham tantos festivais, mas continuávamos ensaiando.
Até que um dia, por vários motivos, o baterista acabou saindo da banda por
definitivo, então resolvemos dar um tempo até achar outro que o substituísse.
Por aqui é difícil achar baterista de metal extremo, mas no final das contas
acabamos achando a Luana Dametto por meio da internet. Conversamos e marcamos
uma audição, gostamos muito da dedicação e potencial dela, assim imediatamente
achamos uma baterista, a única coisa que nos atrasou foi que no começo dessa
nova fase o guitarrista trabalhava nos finais de semana e a nova baterista
tinha outro projeto musical, então era complicado. Começamos a compor logo nos
primeiros ensaios, queríamos virar a página e mudar o nome da banda. Antes se
chamava SLAUGHTERFLESHCULT, mas com a nova proposta de som e integrantes,
mudamos para APOPHIZYS por ideia do Daigo (baixista). Pra finalizar, depois
disso tudo ainda precisávamos de mais um guitarrista, assim achamos o
Arthur Navarini pela internet também, ele se entrosou fácil, além de notarmos o
grande potencial nele.
Mesmo não tendo um material lançado a banda vem se
apresentando com frequência, a que se deve isso?
Difícil de responder, acho que é sorte mesmo. Acho
que essa frequência se dá pela divulgação que fizemos constantemente em grupos
nas redes sociais. Alguns dos convites pra show surgiram de bandas amigas aqui
da região mesmo, então não foi nada fora do comum, por exemplo, a viagem que
fizemos para Montevideo (Uruguai), foi um convite da Southern Warfront, uma
banda parceira que nos conhece desde o tempo em que o nosso nome era outro, e
também, na medida que esses shows vão acontecendo, sempre tem alguém de fora
assistindo que no futuro nos convida pra tocar mais longe.
Geralmente alguém já chega no ensaio com um riff na cabeça,
cada um vai colocando aquilo que acha conveniente em cima do trecho, todos
temos influências musicais distintas, isso ajuda a formarmos um som sem
precisar se espelhar em uma ou duas bandas em especial. As letras ficam por
conta do vocalista (Eder), e do baixista (Daigo), mas se alguém vier com uma
ideia, pode escrever também. É por aí, mas é bem aleatório mesmo, não temos
regra pra compor, então o que vier nós achamos um jeito de encaixar com o que
foi feito anteriormente. Sempre tem muito material acumulado pra desenvolver.
O Primeiro lançamento já tem data definida? Podem nos
adiantar algo quanto as composições, podemos esperara algo conceitual ou algo
mais livre?
Por enquanto não, ainda estamos no processo de gravação, mas
as previsões são para final desse ano ou começo do próximo. Totalmente livre,
estamos gravando com o Evandro Pinheiro, no estúdio Wave Master, e pelo que dá
pra perceber, o álbum tem muitas variações. Algumas músicas tem mais clima e
são até um pouco puxadas pro Black Metal, outras já saem completamente do clima
e partem pra pancadaria. Vai ser complicado achar uma linha pra esse
lançamento, cada música tem seu contexto individual, não é atoa que o álbum vai
se chamar “INTO THE CHAOS”.
Como vocês veem o atual momento do underground gaúcho? E
qual a importância e uso da internet nesse espaço?
Sem dúvida nenhuma,
muito bom! Os festivais só aumentam, em todo lugar tem um acontecendo,
certamente não falta espaço para as bandas se divulgarem. No último festival
que tocamos, no mesmo dia, tinham mais três rolando dentro do estado. Quem diz
que o underground é fraco ou desunido não conhece a mesma cena que nós. O uso
da internet só facilitou tudo, havia um tempo em que precisávamos trocar fitas
ou mandar cartas pra ter alguma informação, atualmente só entramos em algum
grupo no facebook e já encontramos todos os lançamentos nacionais e
internacionais das bandas, fora a divulgação, que pode ser feita sem custo
nenhum, e atingir um número muito maior de pessoas. É por aí que vendemos nosso
merchan também.
Vocês tocaram no Obscure Faith
Festival X em Santa Maria, como foi tocar pela primeira vez na região central do
estado?
Apesar de termos
marcado bastante datas ultimamente, não fizemos muitos shows em quase dois anos
de banda, o Obscure foi um dos melhores show que tocamos até o momento! Foi uma
grande experiência tocar ao lado de bandas tão renomadas, e também um evento
que já é conhecido na região justamente pelo nível de organização, tudo por
conta do Evandro Fonseca e Zé Neto. Estamos bem contentes com tudo isso,
agradecemos por terem nos dado essa oportunidade tão cedo.
Quais os planos da banda ainda para 2014
Primeiramente acabar as gravações, essa com certeza é nossa
maior prioridade, já tivemos propostas de selo também, só precisamos do tempo
certo para anunciá-los. Bom… Fazer show e compor sem parar, mas acho que esses
são os planos pro resto da nossa estrada.
Matéria feita por Artur
Azeredo.
Johny Cake vai ao ar nas segundas e sextas-feiras à partir
das 16 horas pela 104.9 FM Raul Bopp, terças-feiras e quintas-feiras às 22
horas pela Rivendell Rádio press e sexta às 23 horas pela Necropsya web rádio.
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