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Johny Cake apresenta...
Morcrof
parte de uma existência material e imaterial
A Morcrof
nasceu em 1992, da reunião do guitarrista Caecus Magice e do baixista Paullus
Moura. Em 22 anos de estrada a banda lançou diversas demos e um full leght, em 2005,
intitulado “Machshevet Habriá (Myths and Conjectures of Creation)”.
Conversamos
com Paullus Moura sobre a trajetória e o futuro da Morcrof.
Há 22
anos na ativa, o que a Morcrof representa pra você?
Paullus
Moura: Representa
parte de minha existência material e imaterial, é como uma entidade que
assimila o alter ego de cada um que a compõe e a transforma talvez numa
egrégora. Não é somente uma orquestra de câmara, é além, um abismo que olhamos
e que nos olha de volta.
A Morcrof
lançou inúmeras demo tapes, vídeos e até um disco live, no entanto apenas um
full leght, a que se deve isso?
Sinceramente
não sei te responder precisamente a esta pergunta, acho que porque nossa
trajetória, num geral, é guiada absurdamente pelas circunstancias.
Como
funciona o processo de composição dentro da banda, há uma carga ideológica a
ser seguida, transmitida nas letras, como foi compor e gravar “Machshevet
Habriá (Myths and Conjectures of Creation)”?
O
processo de composição é longo, demorado, prolixo demais. Via de regra, temos
esta característica. No caso de Machshevet Habriá, o processo durou
aproximadamente 3 anos de trabalho intenso mas muito prazeroso. A carga
ideológica sempre está presente e nos auxiliamos muito com a filosofia, seja
ela de qual escola for, desta forma, como em qualquer filosofia, não há
conclusões, mas convites a reflexões. Idealmente nosso processo de composição
segue um ano, mais um ano gravando e um ano divulgando o álbum em festivais.
A banda
lançou inúmeros clipes e um disco ao vivo em 2010, vocês tem uma preferencia
por esse trabalho em vídeo e ao vivo? Como surgiu a ideia para esses trabalhos?
Vídeo
mesmo só tem o “Proliferous Equilibrium Of Fohat”, o resto são “bootlegs”. Mas
a ideia de postar esses bootlegs não tem exatamente haver com a “divulgação” da
Morcrof dado a qualidade precária, portanto é mais provável que isso nos
“prejudique” aos olhos de quem está acostumado com um “true Metal Glamoroso” de
hoje em dia. Contudo, para mim, esses bootlegs vão muito mais além de todas e
quaisquer críticas que possam vir dado ao peso histórico desse material que é
incrível e absolutamente original. Mas, voltando à pergunta, gostamos de álbuns
“ao vivo”, justamente porque esse tipo de material traça um diferencial entre
as gravações de estúdio, mais polidas, com as versões ao vivo, mais
improvisadas; gostamos deste contraste.
O que
move a Morcrof, o que os faz continuar?
Acho que
é um processo natural nosso, uma simbiose... Fazer o que fazemos é ser e
conhecer mais de nós mesmo a cada trabalho... chega a ser um estado
espiritual... Pelo menos é assim que me sinto. Essa sede de “verdades
existenciais” aliada à música extrema é o que nos move.
Com
relação ao futuro da Morcrof o que ainda podemos esperar da banda para 2014?
Para
2014, temos o lançamos do single “Porta ex Solix Sursum Aquilonem” pela Lux
Ferre Prod / Distro e participação em dois festivais.
Matéria feita por Artur Azeredo
Johny Cake vai ao ar nas segundas e sextas-feiras à partir
das 16 horas pela 104.9 FM Raul Bopp, terças-feiras e quintas-feiras às 22
horas pela Rivendell Rádio press .
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